Cantata Natalina - A Educação Canta o Recife reúne mais de 500 estudantes da Rede Municipal da cidade

imagem de Guilherme Vila Nova
Espetáculo mesclou músicas tradicionais do Natal com a irreverência dos ritmos da cultura pernambucana. Foto: Paulo Melo/PCR

Uma boa mistura com um toque de pernambucanidade deu o tom da Cantata Natalina - A Educação Canta o Recife, realizada na noite da última segunda-feira (19), no Recife Antigo. Mais de 500 estudantes da Rede Municipal da cidade se uniram em um só coro, que enalteceu o espírito natalino com músicas tradicionais, como as famosas “Bate o Sino” e “Noite Feliz’, mas que também honrou a tradição pernambucana com apresentações envolvendo ritmos regionais como coco, ciranda, maracatu, pastoril e frevo. 

Estiveram presentes no espetáculo estudantes das Escolas Municipais Santa Luzia e Governador Miguel Arraes. “Achei muito bom e fiquei muito emocionado por cantar para tantas pessoas. Estava empolgado desde o ensaio e fiquei muito feliz em participar pela primeira vez. Ano que vem quero estar aqui de novo”, contou Erick Isaac, de 12 anos, aluno do 6º ano da E.M. Santa Luzia. 

Um público plural e diversificado tomou conta da Av. Rio Branco. Casais, famílias, crianças: todos de olhos vidrados nas apresentações, que ainda contaram com um corpo de baile e encenações do famoso “Rei Leão”, sempre buscando contar a história do nascimento do Menino Jesus por diversas óticas. “Estou encantada com tudo o que estou vendo. Presenciar  o espetáculo nem estava nos planos. Estava apenas passeando com os meus filhos. Vimos a movimentação e nos chamou a atenção. Foi emocionante”, destacou Karla Nobre, que assistiu à cantata ao lado dos filhos, Pedro e Vitória. 

“Além de celebrar o nascimento de Jesus através de uma leitura com arte, teatro e dança, o espetáculo nos permite garantir o protagonismo estudantil, fortalecendo o que a política de ensino da Rede Municipal do Recife propõe todos os dias dentro e fora das salas de aula”, explicou Mônica Beltrão, coordenadora pedagógica do Núcleo de Atividades Culturais (NAC). 

A diversidade não se restringiu apenas aos ritmos da cantata. Em cima do palco, Aleff Counter, cantora que faz parte do NAC, auxiliou os estudantes no coral. Ao final, ela falou da emoção e do acolhimento do grupo. “Para mim foi um trabalho muito intenso. Nunca imaginei estar no meio de tantas crianças como professora. Todos me receberam muito bem, com muito carinho e fui bem acolhida desde o primeiro momento. Para mim, como mulher trans, é muito representativo esse momento, principalmente em fazer parte do NAC, que abrange diversos tipos de povos, ritmos e culturas. A cantata foi mais do que especial”, encerrou.

 
Fotos: Paulo Melo/PCR