Colônia de Férias da Rede Municipal do Recife reúne estudantes de diversas unidades de ensino

imagem de Guilherme Vila Nova
Programação conta com oficinas de circo, dança afro, capoeira, teatro, jogos, percussão, danças e artes visuais. Foto: Paulo Melo/PCR

Como lugar plural, a escola está sempre de portas abertas. Mesmo quando não há uma matéria do currículo tradicional para ensinar e quando o calendário marca o período de férias. Sendo assim, as salas de aula da Escola Municipal Reitor João Alfredo abriram as portas para receber a Colônia de Férias da Rede Municipal do Recife. A iniciativa, promovida pela Secretaria de Educação por meio do Núcleo de Atividades Culturais da cidade, iniciou na última segunda-feira (16) e encerra no próximo  sábado (21). 

Na programação estão oficinas de circo, dança afro, capoeira, teatro negro, jogos e brincadeira, percussão, cavalo marinho e maculelê, além de artes visuais, como grafite e arte urbana. A Colônia de Férias é uma ação plural, que incide sobre a oferta de atividades e novas práticas que estimulem a realização de esportes, atividades lúdicas, diálogo, teatro, dança, fotografia, música e oficinas que trabalhem perspectivas de desenvolvimento sustentável.  

“Acho importante para as crianças trabalharem o processo de criatividade. A arte foi um direito que nos foi negado durante muito tempo porque acreditavam que era algo supérfluo, então estamos buscando esse resgate. Precisamos incentivar nossas crianças a resgatar essa força que nos faz manifestar nossos sentimentos. Nem sempre todo mundo consegue falar, então a gente precisa buscar outras formas de expressão”, explicou Amanda Braga, responsável pela oficina de grafite e arte urbana. 

O que para muitos é visto apenas como uma brincadeira, pode mudar a percepção e os planos de outros. Victor Santos, de 13 anos, está participando da colônia pela primeira vez. Sentiu curiosidade pelo Maculelê, e isso mudou tudo. “Parece que o maculelê me escolheu. Me identifiquei muito com a dança e estou pensando em seguir aprendendo após a colônia. Estou vivendo experiências novas e está sendo muito bom”, detalhou o estudante da E.M. Santa Luzia, da Estância.  

“Essa colônia é muito legal. Aprendi muita coisa. Achei importante, mesmo de férias, estar na escola. Estamos fazendo coisas diferentes do que vemos durante o ano”, complementou Daniel Henrique, de 12 anos, da E.M. Luiz Vaz de Camões, do Ipsep. 

Fotos: Paulo Melo/PCR