Escolas integrais do Recife ganham primeiro Festival de Eletivas

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Objetivo foi socializar e replicar trabalhos e atividades produzidas pelos estudantes nas disciplinas de Eletivas, produzidos pelos estudantes no primeiro semestre do ano . Foto: Paulo H. /Detec

A Secretaria de Educação do Recife reuniu, no Sítio Trindade em Casa Amarela, as dez Escolas Municipais de Tempo Integral (EMTIs) da rede municipal de educação para participar da primeira edição do Festival de Eletivas. O evento teve como objetivo promover a culminância de atividades e trabalhos pedagógicos nas disciplinas eletivas, produzidos pelos estudantes no primeiro semestre do ano.

Um projeto de cada unidade integral foi escolhido para ser apresentado, totalizando dez trabalhos e mais de 400 alunos do 6° ao 9° ano, participaram da ação. Na programação constou palestras, apresentações culturais e exposição dos trabalhos desenvolvidos. Para o chefe da Divisão de Anos Finais, Ivanildo Luiz, a interação entre os estudantes e escolas foi o ponto forte do evento. “O principal propósito desta ação é fazer com que os alunos compartilhassem conhecimentos e interagissem, através da replicabilidade de experiências de suas produções de forma lúdica e criativa”, destacou.

Foi o caso do trabalho desenvolvido na Escola Municipal Paulo VI. Orientados por Hélio Barbosa, professor de artes, a eletiva “No Compasso da Música” apresentou o mundo da flauta doce para uma turma de 6º ano. “O ensino integral é um desafio e prender a atenção dessas crianças é primordial. Música é um universo pouco explorado por eles, então precisei usar estratégias no ensino da flauta doce para facilitar o aprendizado. Um exemplo foi buscar músicas que eles só usassem a mão esquerda para tocar, enquanto não estivessem ambientados totalmente”, contou.

Outro exemplo veio da Luiz Vaz de Camões (IPSEP). Os alunos Marlon Barbosa (11), Luiz Felipe (11), Caio Freitas (12), Geovana Lima (12), Ana Eloise (11) e Joyce Maria, (11), também do 6º ano, desenvolveram um trabalho com literatura de cordel e relataram estar entusiasmados com o primeiro ano como integral. “É muito legal, mas tem pontos positivos e negativos. Positivo porque fazemos mais atividades e os professores tem mais tempo para ensinar e tirar dúvidas, e negativo porque se precisarmos resolver alguma coisa não podemos, porque estamos ocupados durante todo o dia”, revelaram.

João Marcelino, gestor da Luiz Vaz, que passou a integrar o hall de unidades integrais da rede este ano, falou sobre a recente experiência de gerir uma unidade integral. Segundo ele, a modalidade oferece múltiplas possibilidades de aprendizado. “Passamos a oferecer o ensino integral este ano e já percebi que mais tempo na unidade aproximou bastante os alunos, como a própria equipe escolar. Também notamos mudanças significativas no comportamento dos alunos, em relação ao respeito ao patrimônio escolar, menos indisciplina”, confidenciou.  “Estamos muito felizes porque toda a adaptação da escola foi um sucesso”, pontuou.