Estudantes da rede em evento mundial de ciências

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A equipe era a única representante do Brasil na Milset. Foto: Cortesia
A rede municipal do Recife marcou presença na Milset Expo-Sciences Internacional 2017, um dos maiores eventos mundiais de ciências, que reuniu trabalhos de 37 países na cidade de Fortaleza.  A equipe da Escola Municipal Olindina Monteiro, em Dois Unidos, usou o conhecimento adquirido nas aulas de robótica para criar a Bengala Inteligente Eletrônica (Beniel), feita de peças de encaixe da Lego Education e material reciclado. Isabelly Viana (12 anos), Kamila Souza (12 anos) e Matheus Souza (14 anos), autores do projeto, embarcaram para jornada da última semana, durante a qual apresentaram a bengala e trocaram experiências. O evento terminou sábado, 12 de agosto.
 
O trabalho, apresentado sob o nome ‘Robótica integrada à acessibilidade: uma solução para a cidade’, vem sendo desenvolvido desde o ano passado. Os alunos chegaram à Milset por terem vencido o primeiro lugar na A 22ª Ciência Jovem, evento que aconteceu em 2016 no Espaço Ciência e reuniu 270 trabalhos de todos os estados do Brasil e de outros cinco países. Em sua faixa etária, a equipe era a única representante do Brasil na Milset, sendo os únicos a falarem língua portuguesa em sua área da Fábrica de Negócios, centro de convenções que sediou a Milset Expo-Sciences.
 
O objetivo do instrumento é ajudar o deficiente visual a caminhar com segurança pelas ruas. “A bengala tem dois sensores que ajudam o cego a detectar obstáculos e evitar acidentes", explica Matheus. Segundo o professor Edson Gomes, um dos orientadores do trabalho, a Beniel é programada para emitir sinais sonoros e vibrar ao se aproximar de objetos que prejudiquem a mobilidade. "Com isso, a pessoa pode desviar das barreiras. É uma forma de aumentar a função social dos materiais da Lego", esclareceu.
 
Construída com material reciclado e peças de lego e equipada com um pequeno motor movido a bateria, o equipamento foi testado pelo professor da equipe de tecnologia assistiva da Gerência de Tecnologia na Educação, Gustavo Tavares Dantas, que é cego. "O projeto da bengala está no caminho certo", disse o professor que, à época dos testes, sugeriu alguns ajustes em relação à velocidade de resposta e à leveza do material utilizado.