Estudantes da Rede Municipal do Recife são destaques na Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente

imagem de Paulo H
Trabalho científico conscientiza e esclarece a importância de se vacinar. Foto: arquivo/registro feito antes da pandemia


No último dia 22 de abril, os estudantes Pedro Renato Soares, Ana Beatriz Ferreira e Vinícius de Oliveira, do 8º ano da Escola Municipal Octávio Meira Lins, localizada no bairro do Vasco da Gama, foram destaques na Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente – OBSMA, na categoria Projeto de Ciências, na modalidade do Ensino Fundamental da Regional Nordeste I.

O trabalho científico: “Vacinar ou não vacinar? Os efeitos colaterais do Século XXI”, foi considerado o melhor da Região Nordeste na área de pesquisa científica em ciências, tendo com objetivo mostrar a necessidade do envolvimento da sociedade e da comunidade escolar, em modificar o quadro do baixo número de vacinação, provocado pela proliferação das Fake News e das ações antivacinas.

Segundo a professora e orientadora do projeto, Ana Paula Freire, que teve o apoio do professor de História e coorientador do projeto, Henrique Nelson, “chegar a final para concorrer a premiação nacional, como na Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente, promovida pela Fiocruz, instituição científica de maior credibilidade e respeito no Brasil e no mundo, já foi uma grande vitória. Venho participando de edições anteriores e sei o que representa sermos premiados nesta Olimpíada, que recebe excelentes trabalhos de escolas, de educadores e de estudantes de todo o país”, destacou a professora. Ela ainda acrescentou que: “isso é reconhecimento de um trabalho sério desenvolvido na escola, que mobiliza toda a comunidade escolar em defesa da ciência e da participação efetiva desses estudantes autônomos e protagonistas”.

Este projeto surgiu de um levantamento feito pelos estudantes, que mostrava o baixo número de vacinados no bairro do Vasco da Gama e em outros próximos.  Com o início da pandemia da Covid-19, o trabalho veio firmar, ainda mais, a necessidade de esclarecer e manter a população vacinada. “A partir da iniciativa e curiosidade dos próprios estudantes, surgiu a ideia e o tema do projeto, devido a problemática que já atingia não só nossa comunidade, como também todo o Brasil. Com a chegada da Pandemia do Covid-19, o trabalho teve novos olhares, pesquisas e orientações, que reforçaram a necessidade de continuidade ao projeto de pesquisa científica, dessa vez de forma remota. Precisamos combater os movimentos antivacina e anticiência, e isso também é responsabilidade da escola”.

Já para o estudante, Pedro Renato, receber este prêmio é bastante gratificante. ”Já me sentia um vencedor diante de tudo que o nosso projeto conseguiu alcançar. Tudo isso é fruto de muito trabalho. Desde de 2019 criamos este projeto e começamos falando sobre a baixa no percentual de vacinação no Brasil, sobretudo nas doenças que tinham sido erradicadas no país, como varíola e sarampo. Agora com a Covid-19, em que o mundo nunca foi tão dependente de uma vacina, vemos que nosso projeto é de extrema importância, pois o nosso trabalho teve papel fundamental na nossa comunidade na conscientização da vacinação. Conseguimos fazer a diferença”, afirmou Pedro com muito entusiasmo.

Além de concorrer ao prêmio nacional da Fiocruz, o trabalho teve êxito na Feira de Conhecimentos do Recife (Fecon 2019), onde foi selecionado para a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia - USP/SP (Febrace).  Em 2020 o trabalho foi premiado também na 26ª edição da Ciência Jovem.