Estudantes do Vasco da Gama realizam projetos sobre a sustentabilidade do meio ambiente

imagem de Cáthia
"Do morro ao mar, a rota do lixo plástico" é o nome do projeto dos alunos da EM Aderbal Galvão, que engloba desde a coleta de tampinhas pet para reciclagem e artesanato até a produção de objetos de decoração com peças de computador. Foto: divulgação

Os constantes alagamentos na época das chuvas despertaram os alunos da Escola Municipal Aderbal Galvão, no Vasco da Gama, a desenvolverem projetos focados na sustentabilidade do meio ambiente. Intitulado "Do morro ao mar, a rota do lixo plástico", os estudante, entre 9 e 13 anos, começaram a recolher tampinhas de garrafas pet encontradas no entorno da comunidade.

A partir daí começou a surgir artesanatos (bolsas, vasos, bijuterias, objetos de decoração) feitos pelos próprios estudantes para serem vendidos e o dinheiro reinvestido no projeto. "Nós estamos desenvolvendo um aplicativo que identifique um local de papa tampinhas na cidade e a pessoa possa ir lá depositar o material. Nós vamos usar as tampinhas recolhidas ou para reciclar ou para vender", contou o estudante Ícaro Alexandre Neves.

Paralelo a isso, os estudantes também conversam com a comunidade para conscientizar sobre os efeitos de jogar lixo na rua. Uma das ações junto da população é fazer corações de origami com mensagens de alerta para inspirar a cidade. "Cuidar da natureza é ser herói. A gente precisa tomar cuidado, porque a gente fica com preguiça, joga o lixo no chão, aí a chuva leva o lixo para os rios e acaba alagando tudo",  destacou a estudante Débora de Albuquerque.

"A gente está propondo aos meninos a ajudar o meio ambiente. A tampinha pode virar fonte de renda para catadores, artesãos e toda a comunidade. "Se o plástico é 100% reciclável porque não aproveitar como moeda. Em um mês, os alunos juntaram cerca de 300 quilos", contou o coordenador do projeto, professor Alamir Veríssimo, acrescentando que os alunos também estão produzindo um livro ilustrado sobre o projeto.

A partir de peças de computador, os estudantes também fazem objetos de decoração, como baleia, peixe, água viva, caranguejo, estrela do mar, tartaruga. "Aqui o lixo é combustível para a criatividade. Os alunos fazem a parte deles e cobram que os outros façam. Eles se colocam como responsáveis, cidadãos, agentes e começam a cobrar as pessoas a mesma coisa. Então a gente tenta colocar no dia a dia deles essa responsabilidade, porque nós todos somos responsáveis", completou a professora Cristiana Vasconcelos.