Exposição de projetos de ciência e geografia táteis para deficientes visuais na Semana da Pessoa com Deficiência

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Foto: Ihonara Melo/ Detec

O Centro de Educação, Tecnologia e Cidadania (CETEC) foi palco, na manhã desta quinta-feira (23), de mais um evento da Semana da Pessoa com Deficiência. Organizado com palestra do professor do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), Marcelo Ricardo Bezerra de Miranda e apresentação de trabalhos de estudantes dos Anos Finais da Escola Municipal Poeta Jonatas Braga, o momento presenteou os visitantes com projetos de ciências e geografia táteis.

Desenvolvido em sala de aula pela professora de ciências, Kátia Vila Nova, o projeto “Enxergando além dos olhos” visa ensinar os estudantes sobre células e modelos atômicos em 3D, possibilitando melhor aprendizado. “Nós só temos acesso às células e modelos atômicos através dos livros ou microscópio, no caso das células. Desta forma foi lançada a proposta de reutilização de utensílios para produzir as estruturas celulares e atômicas, com diversidade de texturas, o que possibilitaria a eles (os estudantes) e as pessoas com deficiência visual adquirir conhecimento de forma mais prática e fácil”, explicou.

A prática do projeto levou os estudantes a compreender o conteúdo trabalhado, unindo conhecimento e diversão. “Foi mais fácil para a gente aprender, quando produzimos as células e modelos atômicos parte por parte. Com isso nós conseguimos assimilar o conteúdo usando a teoria e prática, além de permitir que pessoas com deficiência tenham acesso e aprendam tanto quanto nós aprendemos”, destacou a discente, Jamille Vitória, 8º ano.

A técnica administrativa escolar, Maria Eduarda, que é deficiente visual, comentou sobre a importância dos projetos para a inclusão de pessoas nos conteúdos que são ensinados nas escolas. “Os projetos são extremamente didáticos e é necessário que haja maior divulgação e conhecimento externo, porque a partir deles, os alunos e pessoas em geral terão acesso e condições de aprender os conteúdos mais facilmente”, ressaltou Maria Eduarda.

Além do projeto de ciências, os visitantes puderam conhecer o projeto de mapas geográficos táteis. Apresentados pelo professor do IFPE, os mapas traziam texturas diferentes que representavam cada região, clima e outros aspectos do país. “O intuito é permitir que os professores possam aperfeiçoar as suas práticas na educação, trazendo mais facilidade para as pessoas com deficiência visual, incluindo e permitindo que assim como os videntes, elas tenham seus direitos educacionais cumpridos”, explicou o professor Marcelo.