Nova classe hospitalar é inaugurada no Hospital Barão de Lucena

imagem de Guilherme Vila Nova
Iniciativa da Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Educação, possibilita o direito à aprendizagem dos estudantes mesmo distantes da sala de aula tradicional. Foto: Paulo Melo/PCR

A Escola Municipal em Tempo Integral Hospitalar Semear ganhou mais uma unidade nesta terça-feira (4). Com um projeto que já existe há oito anos atendendo crianças no Hospital Oswaldo Cruz, no centro da cidade, a Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Educação, inaugurou agora a classe Girassol, desta vez no Hospital Barão de Lucena, localizado na Iputinga, na Zona Oeste da capital pernambucana. 

De acordo com o público em tratamento na unidade, a nova classe hospitalar irá atender crianças da Educação Infantil e Anos Iniciais, diferente do trabalho realizado na classe Semear, onde também são atendidos estudantes dos Anos Finais. O objetivo da EMTI Hospitalar é oferecer às crianças o direito à educação, ainda que estejam distantes do ambiente escolar tradicional. 

A ideia é que, futuramente, outros hospitais possam receber esse suporte, possibilitando alcançar ainda mais crianças que atualmente, por conta de tratamentos médicos, não estão podendo frequentar suas respectivas escolas. 

“A gente fica muito feliz em começar esse processo de expansão das nossas classes. Já temos uma história muito bonita que iniciou no Hospital Oswaldo Cruz e o nosso projeto é fazer ainda mais. Para isso, já estamos dialogando com outros hospitais para ter novas classes, além de realizar a sede da escola, com um atendimento diferenciado, no nosso futuro Hospital da Criança do Recife, que deve ser inaugurado até o final do próximo ano”, comemorou Fred Amancio, secretário de Educação da cidade. 

À frente da classe hospitalar do Oswaldo Cruz desde a criação, a professora Cristiane Pedrosa agora estará auxiliando a nova turma recém-inaugurada no Barão de Lucena. “Meu coração está bem acalentado e eu estou muito feliz. Mais uma classe para permitir que eles, mesmo em situação de internamento, não deixem de ter o contato com a escola, mesmo passando um tempo um pouco distante. É uma perspectiva de continuidade que podemos oferecer a eles”, detalhou a docente. 

“Estamos muito felizes com toda essa ampliação, pois vai garantir a escolarização de mais estudantes. É um avanço muito significativo, pertinente e necessário para essas crianças em situação de adoecimento. Estou animada para darmos continuidade ao trabalho em outros hospitais”, disse Priscila Angelina, gestora da EMTI Semear. “Quando fazemos isso, reforçamos para essas crianças o quão importante é o momento de aprendizagem. Mesmo passando por uma dificuldade, a escola é tão primordial que vem até elas. Isso faz bem até para o tratamento deles”, complementou Nathália Souza, Superintendente Média do Barão de Lucena. 

Fotos: Paulo Melo/PCR