Professores participam de seminário sobre a importância da tecnologia assistiva e inclusão social

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O evento reuniu professores e gestores da rede municipal para tratar sobre acessibilidade na educação. Foto: Rauni Muniz/Detec

O Seminário de Tecnologia Assistiva, realizado na última terça-feira (19), na Escola de Formação de Educadores do Recife (Efer) professor Paulo Freire, teve por tema "A Importância da Tecnologia Assistiva Para a Inclusão social das Pessoas com Deficiência". Organizado pela Gerência da Pessoa com Deficiência da Secretaria de Desenvolvimento, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos, o objetivo do evento era congregar professores e gestores da rede municipal para um grande encontro sobre acessibilidade na educação.

O evento iniciou-se com uma apresentação dos estudantes da Escola Municipal Olindina Monteiro de Oliveira Franca, localizada no bairro de Dois Unidos, Recife. Os quatro estudantes da escola, acompanhados pela professora, fizeram a apresentação de três equipamentos acessíveis desenvolvidos por eles com a orientação dos professores. O primeiro, uma bengala com sensor ultrassônico que detecta objetos a até 50 cm de distância. O segundo, uma bengala feita de Arduíno que emite vibrações em sua estrutura ao detectar objetos em sua proximidade. E o terceiro, um protótipo de cadeira de rodas motorizada que sobe por obstáculos. 

Em seguida, uma mesa com quatro palestrantes foi formada para falar sobre a importância da tecnologia assistiva para a inclusão social das pessoas com deficiência. Dentre os palestrantes estavam Philippe Magno, Diretor de Comunicação do Instituto HandsFree, que trouxe dados sobre a deficiência no Brasil. “45 milhões de pessoas no Brasil têm alguma deficiência; apenas 15% das crianças com deficiência completam o Ensino Fundamental e 90% dos deficientes que estão em idade atividade se encontram desempregados", afirmou Phelippe, que também falou um pouco sobre os serviços prestados pelo Instituto HandsFree e sobre como um de seus projetos proporcionou que André, de 8 anos, estudante da rede municipal de Jaboatão dos Guararapes, pudesse continuar estudando por meio da tecnologia.

Em seguida, Ana Cláudia Albuquerque, Pedagoga especialista em Educação Especial, falou sobre o Programa Educacional Livox, desenvolvido por um pernambucano, implementado na rede de ensino do Recife e utilizado por ela. O professor Gustavo Tavares, membro do Núcleo de Tecnologia Assistiva contou um pouco da sua experiência como cego e usuário de aplicativos acessíveis. “Eu divido minha vida em dois momentos: minha vida antes da tecnologia, com quase nenhuma informação, e após a tecnologia, a partir de 1995 e 96”, explicou.

Posteriormente, a professora Adilza Gomes, também do Núcleo de Tecnologia Assistiva, palestrou e fez o uso demonstrativo de diversos aplicativos que auxiliam crianças e adultos com deficiência.

O evento encerrou-se com o microfone aberto à plateia, composta, em sua maioria, de professores, que parabenizaram a iniciativa e agradeceram pela oportunidade de ampliarem os conhecimento na área de tecnologia assistiva voltada para a educação.