Rede municipal de ensino se prepara para receber crianças com microcefalia

imagem de Bella

 

No próximo ano, a rede de ensino do recife começa a acolher as crianças com Microcefalia relacionadas ao surto do Zika Vírus que aconteceu em 2015. No total, serão 74 crianças recebidas nas salas de escolas e creches-escolas e, na última semana, os profissionais já começaram a passar por uma qualificação específica em relação ao tema, através de uma iniciativa da Divisão de Educação Especial.

A ação aconteceu na última quinta (21), através de uma palestra e um debate promovidos na Escola de Formação do Recife Professor Paulo Freire, que foram ministrados para os 233 profissionais do corpo docente do Atendimento Educacional Especializado. No turno da manhã, a médica Fátima Vasco discorreu sobre os achados da ressonância magnética nos bebês com Síndrome Congênita Zika Vírus. À tarde, a palestrante Daniela Rorato discorreu sobre inclusão e a sociedade civil.

Para a chefe da Divisão de Educação Especial, Shirley Moura, a formação é essencial para enfrentar os desafios no futuro. “É importante formar nossos professores das Salas de Recursos Multifuncionais, que eles possam ter todo o apoio necessário em sala de aula para receber estas crianças com Microcefalia e poder ofertar uma educação com qualidade social”, defende. Atualmente, há quatro crianças com microcefalia matriculadas na rede.

Uma das novidades para o ano letivo de 2018 é o Kit Multissensorial que passará a ser utilizado na rede. Cedidos pela Secretaria de Saúde do Recife, o kit possui 10 objetos, todos destinados a estimular funções visuais, auditivas, motoras, táteis e cognitivas das crianças com microcefalia. “Tudo é muito novo no Brasil sobre a Microcefalia em si, mas a Secretaria de Educação em Recife já se antecipa para formar os profissionais, ampliando a rede de inclusão na capital”, pontua Shirley.